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FaláciaOs animais não são tão intelectual ou emocionalmente sofisticados como os seres humanos e/ou não sentem dor da mesma forma que nós, portanto é aceitável matá-los e comê-los.RespostaTodos os animais podem ser intelectual e emocionalmente sofisticados relativamente à sua espécie, e muitos têm pensamentos e emoções mais complexos do que os das crianças ou dos deficientes mentais. Além disso, não é lógico ou imparcial negar considerações éticas a indivíduos que imaginamos que pensam ou sentem de uma forma diferente da nossa.Defendemos os direitos básicos de humanos que não alcançam certos padrões intelectuais ou emocionais, por isso é lógico que devamos defender esses direitos para todos os seres sencientes. Negá-los a animais não-humanos é puro especiesismo, e, portanto, indefensável. Para além disso, é problemático manter a opinião de que a inteligência e capacidade emocional existem numa escala linear em que os insetos ocupam uma das extremidades e os humanos ocupam a outra. Por exemplo, as abelhas são peritas na linguagem da dança e comunicam muitas coisas através dela. Deverão os humanos que não conseguem comunicar através da dança interpretativa serem considerados menos inteligentes do que as abelhas? Finalmente, mesmo se um padrão intelectual ou emocional fosse justificativa para matar um ser senciente, não existe nenhuma base científica que sustente que a capacidade para a inteligência ou emoção seja equivalente à capacidade de sofrer. De fato, há um grande suporte científico que sugere o contrário, que como os animais não-humanos não possuem a capacidade de contextualizar o seu sofrimento como os humanos, o seu sofrimento é muito maior.
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FaláciaPorque lobos e outros predadores comem animais, e pelo fato de seres humanos também serem animais, é OK para nós humanos comermos animais.RespostaOutros animais não humanos fazem várias coisas que nós consideramos antiéticas; eles roubam, estupram, comem suas crias e engajam em uma série de outras atividades que não são e nem deveriam ser utilizadas como fundamentos lógicos para o nosso comportamento. Isso significa que é ilógico argumentar que nós devemos seguir a mesma dieta que outros animais não humanos possuem. Logo, é provavelmente inútil considerar o comportamento de jacarés, furões e outros predadores como modelos para o nosso próprio comportamento.Argumentar que o comportamento humano deve se basear em comportamentos de outros animais é bastante vago, pra começar. Mas se formos seguir esse raciocínio, por que não escolhermos exemplos tais como os do hipopótamo e o da girafa em vez de tubarões, shitas e ursos? Por que não nos compararmos então com urubus e passarmos a comer carniça na beira da estrada? Por que não comparamos nós mesmo com besouros rola-bosta e passarmos a nos alimentar de bolas de fezes secas? O fato é que humanos são um caso especial no reino animal, esse é o motivo. Da mesma forma são abutres, cabras, elefantes e grilos. Cada um representa uma espécie com necessidades e capacidades de escolhas diferentes e individuais. Claro que humanos são capazes de um alto grau de raciocínio, mas essa característica apenas deveria nos tornar ainda mais sensíveis aos aspectos morais das nossas atitudes perante outros animais não humanos. E, ainda que tenhamos a capacidade de matarmos e comermos outros animais, isso não é necessário para a nossa sobrevivência. Nós não somos leões e nós sabemos que não existe justificativa para tiramos a vida de outro ser vivo a não ser a de satisfazer nossas próprias preferências gastronômicas pessoais.
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FaláciaO veganismo não promove um impacto grande no planeta, então é bom o bastante ser um ambientalista sem precisar ser vegano.RespostaEntre 18% e 51% das emissões de gases do efeito estufa são diretamente atribuídas à respiração do gado, metano, manufatura de produtos animais e outras fontes relacionadas, isso comparado aos 13% de todos os meios de transporte no planeta combinados. O Agronegócio também utiliza e polui quase metade da terra disponível no planeta e é responsável por mais de 90% do desmatamento da Floresta Amazônica, além de ser o principal contribuidor para a destruição de habitat da vida selvagem e ser a causa primária da extinção de espécies e da criação de zonas mortas nos oceanos. Por fim, enquanto a perfuração para extração de petróleo e gás natural consome até 140 bilhões de litros de água doce anualmente somente nos Estados Unidos, a pecuária consome pelo menos 34 trilhões de litros de água doce anualmente.A maioria dos problemas ambientais com os quais lidamos hoje é diretamente causada pelo agronegócio animal, e a solução mais efetiva para esses problemas é a adoção de um estilo de vida vegano. Um ano de veganismo salva cerca de 725 mil litros de água doce, o que equivale a 66 anos de uso de chuveiro. Ao escolher um estilo de vida vegano, com uma dieta de base vegetal, a emissão de dióxido de carbono individual é automaticamente reduzida em 50%, uilizam-se 91% menos petróleo, 92% menos água e 89% menos terra. A cada dia um único vegano salva mais de 1000 litros de água doce, 20 quilos de cereais, 3 metros quadrados de florestas, 9 quilos de CO2 e a vida de pelo menos um animal. Então se você quer fazer sua parte para a Terra ou se você se considera um ambientalista, o único curso de ação adequado é a adoção de um estilo de vida vegano com sua dieta de base vegetal.
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FaláciaHumanos desenvolveram dentes caninos para cortar carne, e isso demonstra que é natural e normal para nós comermos carne.RespostaQuando nós humanos comemos carne, nós não a cortamos com os nossos caninos. Em vez disso, nós cozinhamos a carne para amaciá-la e depois a cortamos com utensílios de cozinha específicos. Só então nós a mastigamos com os nossos dentes e, para isso, utilizamos nossos molares, dentes que são especialmente adaptados para alimentação herbívora.Usar a dentição como um indicador da dieta é pouco fiável. Cães e gatos domésticos têm estruturas dentais semelhantes, mas os gatos são carnívoros obrigatórios e os cães podem ser veganos. Os gorilas são herbívoros com longos caninos. Os nossos próprios dentes estão mais próximos dos dentes dos herbívoros do que dos carnívoros, mas temos a capacidade de digerir a carne e as secreções de outras espécies, o que significa que podemos fazer a escolha entre comer plantas, animais, ou ambos. É evidente que a dentição das espécies não determina de forma confiável os seus requisitos alimentares.
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FaláciaA criação de animais e a alimentação baseada em animais não causa nem promove doenças nos humanos.RespostaMuitas doenças humanas provêm diretamente dos animais. Por exemplo, porcos e aves transmitem gripe; porcos e cães transmitem tosse convulsa; e vacas transmitem tuberculose, varíola e varíola das vacas (vaccinia). Portanto, quando criamos e comemos animais, aumentamos o nosso risco de exposição a estas e a outras doenças. Além disso, plantas contaminadas por esterco proveniente da pecuária podem ser vetores de salmonella, sendo esta a principal via pela qual o espinafre, a manteiga de amendoim e outras comidas à base de plantas entram em contato com a bactéria.Pior ainda, as pessoas que comem animais colocam em grave risco as pessoas que não comem. Em muitos países desenvolvidos, os animais criados intensivamente são alimentados com antibióticos em doses sub-terapêuticas numa tentativa de oposição ao crescimento subótimo causado por condições anti-higiênicas. Desta forma, as pecuárias intensivas expõem as doenças zoonóticas a níveis não-tóxicos destas drogas, levando ao crescimento de bactérias resistentes aos antibióticos. Muitos destes antibióticos ""de último recurso"" estão sendo usados desta forma na pecuária, e uma grande percentagem de todos os antibióticos são dados a animais criados para alimentação. Como resultado disto, estamos assistindo ao nascimento de uma era pós-antibiótico; uma terrível consequência da pecuária que pode muito bem ser que ainda vejamos durante as nossas próprias vidas.
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FaláciaProduzir leite é uma atividade normal e natural que não causa nem morte nem sofrimento à vaca. Logo, comer laticínios não é uma questão que envolve Ética.RespostaSofrimento e morte são componentes necessários na produção de leite atual. Vacas são anualmente forçadas a engravidarem para produzirem leite, o que significa que mais de 200.000.000 (duzentos milhões) de filhotes são gerados a cada ano no mundo. As fêmeas são criadas para produzirem leite enquanto que os bezerros são acorrentados em pequenas celas onde sequer conseguem se virar, sendo mantidos assim até momento do abate para produção de carne de vitela, ainda em seus primeiros meses de vida.Independentemente do sexo, vacas são proibidas de criarem seus filhotes. Eles são afastados à força no mesmo dia em que nascem, o que termina causando um tremendo estresse emocional tanto para a mãe quanto para o filhote. Para piorar, vacas têm uma expectativa de vida de cerca de vinte anos e elas podem facilmente produzir leite por cerca de oito desses vinte anos, mas o constante estado de estresse, gravidez e doenças imposto pela indústria de leite reduzem sua expectativa de vida para apenas cinco anos, idade em que terminam por serem abatidas como qualquer outro gado de corte. Todo esse processo ocorre em grandes fazendas de produção de leite e também em pequenas, bucólicas fazendas familiares. Vacas leiteiras e seus filhotes sofrem, não importa onde nascem ou são criados.
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FaláciaComer carne é uma escolha pessoal tal qual a escolha de ser vegano, então todos deveríamos viver e deixar viver.RespostaDo ponto de vista da Ética, é geralmente aceito que o direito de escolha de um indivíduo termina no momento em que esta escolha passa a prejudicar o outro. Logo, ainda que o ato seja considerado costumeiro e legalmente aceito, matar e comer animais sem necessidade não é ético.O fato de algo ser permitido pela lei ou pela sociedade não o torna ético ou moral. Se pararmos para obervar melhor, é logicamente inconsistente afirmar que é errado maltratar animais como gatos e cachorros e ao mesmo tempo afirmar que comer animais como porcos e galinhas é uma questão de escolha, uma vez que nos alimentarmos deles não é algo necessário para nossa sobrevivência. Logo está claro que comer carne é apenas uma questão de escolha em um sentido mais superficial, visto que é errado tanto do ponto de vista ético quanto do ponto de vista moral.
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FaláciaHumanos desenvolveram-se como uma espécie onívora, então comer carne é natural para nós.RespostaO argumento de que humanos são comedores de carne naturais é geralmente baseado no princípio de que nós temos a habilidade de digerir carne, ovos e leite. Embora isso seja verdade, isso não é tudo. Como onívoros, nós estamos fisiologicamente aptos a viver de forma completamente saudável com uma alimentação livre de derivados animais, o que é algo que seres humanos já vêm fazendo ao longo de toda a sua história e pré-história.Mesmo se aceitarmos de pronto a premissa de que comer carne é natural para nós humanos, o uso deste argumento se baseia na concepção de que se algo é natural, então é automaticamente válido, justificável, inevitável, bom ou ideal. Comer animais não representa nenhuma dessas qualidades. Além disso, é preciso levar em conta que muitos humanos têm intolerância à lactose e muitos médicos recomendam uma dieta de base vegetal para atingir um estado de saúde ideal. Além disso, se considerarmos que tirar a vida de um ser vivo senciente é, por definição, uma questão ética - especialmente quando não existe uma verdadeira razão para isso - o argumento de que comer carne é natural acaba se mostrando equivocado tanto do ponto de vista fisiológico quanto do ponto de vista ético e moral.
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FaláciaBotar ovos é normal e natural para as galinhas e elas não sofrem ou morrem por isso. Logo, comer ovos não envolve nenhum problema ético.RespostaAlimentar-se de ovos contribui para a crueldade contra galinhas. Pintinhos machos são abatidos de várias formas ao nascerem pelo fato de não serem úteis para postura de ovos nem engordarem como os frangos de corte. As galinhas poedeiras sofrem a vida inteira: seus bicos são cortados sem anestesia, elas são mantidas em condições estressantes, espaços imundos e apertados e são abatidas quando param de produzir ovos numa escala aceitável.Esses problemas estão presentes mesmo nas fazendas mais bucólicas. Por exemplo, galinhas poedeiras são frequentemente abatidas e comidas quando sua produção de ovos diminui. E mesmo as fazendas que optam por manter as aves em idade mais avançada, a origem das aves continua sendo a mesma: as incubadoras que abatem os pintinhos machos. Além disso, tais idílicas fazendas familiares são uma grande exceção na indústria de ovos. A grande maioria dos ovos disponíveis no mercado vem de fazendas de produção em massa ou de criação intensiva. Em parte isso acontece porque não existe um jeito de produzir um número de ovos que satisfaça a demanda do mercado sem o uso de tais métodos de produção, e em parte porque a indústria de ovos é guiada pela sua margem de lucro e não pela compaixão, e acaba sendo mais lucrativo utilizar os métodos de criação intensiva.
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FaláciaTornar-se vegano é muito difícil e complicado para a pessoa comum, portanto não é razoável esperar que as pessoas possam tornar-se ou se tornem veganos.RespostaComo o veganismo é a posição filosófica de que prejudicar os animais é errado, tornar-se vegano significa mudar a sua vida de formas que minimizem esse dano. A forma mais importante para o fazer é remover produtos animais da sua dieta. Outra forma importante é parar de usar produtos animais tais como pele e lã. Outra é evitar entretenimento que envolva animais, tais como circos e zoológicos. Mas embora estas ideias possam parecer uma tarefa enorme quando vistas em conjunto, não precisam de ser implementadas ao mesmo tempo. A maior parte dos veganos fazem uma transição para o veganismo lentamente, fazendo mudanças incrementais nas suas vidas, ao longo do tempo, que são facilmente integradas. Você pode fazer isto, também.No que diz respeito à comida, você poderá começar por substituir o leite e a manteiga por alternativas baseadas em plantas enquanto você diminui o seu consumo de carne e queijo. Depois poderá substituir o seu queijo por queijo vegetal ou talvez deixar de o consumir. Finalmente , poderá substituir a sua carne por feijões, lentilhas, e tofu. Sim, você irá começar a cozinhar de outra forma, mas isto irá acontecer ao longo de um período de tempo, em pequenos passos. No que diz respeito à roupa, a transição é normalmente mais fácil. Alguns novos veganos retiram todos os produtos animais dos seus armários, mas outros substituem sapatos de couro e camisolas de lã com alternativas veganas quando se estragam. Você também pode fazer isto, o que baixa o preço em dinheiro e em tempo de tornar o seu guarda-roupa vegano. Finalmente, é fácil evitar circos, zoológicos, e outras formas de entretenimento animal. Simplesmente escolha gastar o seu orçamento para entretenimento de outra forma. Sim, é fácil continuar a explorar animais, visto haver tanta oportunidade para o fazer na nossa cultura. Mas há também oportunidades de exprimir os seus valores compassivos, e cada passo que der ao longo desse caminho é um passo na direção do veganismo.
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FaláciaTornar-se vegano causa pouco ou nenhum impacto no mundo, portanto porquê dar-nos ao trabalho de o fazer?RespostaÉ verdade que as mudanças sociais em larga escala raramente acontecem como resultado dos esforços de uma pessoa. Ao invés disso, estas mudanças acontecem quando um número suficiente de pessoas começa a viver alinhado com os valores que partilha. No caso dos veganos, há cada vez mais pessoas a viver as suas vidas com compaixão, e cada uma delas está a contribuir para um mundo mais compassivo. Desta forma, o movimento dos direitos animais não é diferente dos movimentos do sufrágio feminino e da igualdade racial, que foram desencadeados por muitos indivíduos que tinham em comum os ideais da compaixão, paz, e justiça social.Numa escala mais pequena, no entanto, é importante manter em mente que não importa o que outra pessoa faça, cada um tem de responder perante si próprio. Isto significa que mesmo que uma pessoa sozinha não possa criar o mundo com que o veganismo sonha, ela tem de ser capaz de olhar-se ao espelho todas as manhãs. Nesse sentido, talvez ajude notar que cada vegano salva aproximadamente 400 animais por ano, reduz mais emissões de gases de efeito de estufa do que os não-veganos, e usa apenas uma fracção dos recursos de água doce dos não-veganos. Para além disso, cada vegano escolhe não participar num mercado de sofrimento animal, o que torna esse mercado um pouco mais pequeno e as vidas dos animais um pouco melhores. Portanto, embora isoladamente um vegano não possa salvar o mundo inteiro, os veganos, individualmente, estão a salvar uma pequena parte do mundo, e todas somadas essas pequenas partes resultam em algo grande.
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FaláciaFazer mel é uma atividade normal e natural que não causa sofrimento ou morte a abelhas, portanto comer mel não é um problema ético.RespostaAbelhas possuem uma inteligência extraordinária, capacidades de tomar decisões e até linguagem especializada. Elas também sentem dor. Isto significa que abelhas são indivíduos pensadores cujas necessidades e desejos são usurpados para o nosso benefício quando consumimos mel. Isto também significa que as abelhas sofrem quando o mel lhes é retirado.Nas operações comerciais de produção de mel, as abelhas são compradas depois de terem sido artificialmente inseminadas por machos esmagados. As asas destas raínhas são arrancadas para as impedirem de voar e, embora normalmente vivam até aos 4 anos de idade, elas são mortas prematuramente aos dois anos para dar lugar a raínhas mais jovens. Além disso os enxames comerciais são muitas vezes abandonados para fins de controle de estoque e terminam morrendo pela exposição ou de fome . Mesmo em operações melíferas mais pequenas onde as abelhas são bem tratadas, algumas acabam sendo esmagadas até à morte quando as suas colmeias são perturbadas. Os apicultores nestes ambientes muitas vezes substituem mel por açúcar ou xarope de milho para maximizar os lucros, mesmo estes não sendo a dieta natural de uma abelha e sendo insuficiente para sustentar uma colmeia inteiro durante o inverno. Enxames selvagens são capazes de criar condições de vida e reservas de comida apropriadas para a sua subsistência. A intervenção humana, por outro lado, resulta em fome, sofrimento, e morte para as abelhas. Diante de tudo isso, visto que os humanos não precisam de mel para sobreviver, comer mel torna-se de fato um ato antiético.
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FaláciaSe parássemos de matar animais pela carne humanos morreriam de fome, pois não haveria comida para todo mundo.RespostaA escassez de comida é um argumento a favor do veganismo, não contra. À medida que a população mundial aumenta e mais pessoas passam a ter acesso à carne, menos comida se torna disponível no total. Isso acontece porque perdemos uma considerável quantidade de energia proveniente de colheitas, como as de soja e cereais, que usamos para alimentarmos os animais de criação antes de os consumirmos. Dependendo dos números em que você quer confiar e do tipo de animal que ingerimos, cada meio quilo de carne requer entre dois e sete quilos de alimentos para ser produzida. Ao adotar uma dieta à base de vegetais, as fazendas que atualmente cultivam esses alimentos para animais de criação seriam capazes de cultivar esses alimentos diretamente para as pessoas.No geral, aproximadamente 40% das terras aráveis do mundo são usadas para produção de comida enquanto que apenas um quarto desses alimentos é destinado ao consumo humano. O resto, espantosos 30% das terras aráveis do mundo, é usado para produzir alimento para animais utilizando um terço da água potável do planeta. Pior ainda, a carne proveniente dessa agricultura animal industrializada não é dividida igualmente. Por exemplo, americanos consumem aproximadamente 120 quilos de carne por ano ao passo que bengalêses consomem 2. Enquanto isso boa parte do mundo não recebe comida ou exporta alimentos para animais para países com alta demanda de carne. Isso cria um desequilíbrio de produção versus consumo entre os países mais ricos e mais pobres do planeta. Por isso, até pesquisadores conservadores recomendam uma diminuição global no consumo de carne enquanto que a maioria aconselha a adoção em massa de dietas vegetarianas ou veganas para assegurar a segurança alimentar da população mundial em crescimento. A adoção em massa de uma dieta de base vegetal garantiria terras aráveis e estoque de água potável do planeta para a produção de comida diretamente para pessoas e não para pecuária.
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FaláciaAmo os animais o suficiente para tratar bem deles enquanto estão vivos, mas também penso que às vezes eles têm de ser mortos para servirem os meus propósitos. Portanto não há conflito entre amar animais e matá-los.RespostaPara poder comer carne, um amante dos animais tem de estar confortável com a violação sexual de vacas, porcas, ovelhas, cabras, e outros seres por inseminação artifical. Para poder beber leite, um amante dos animais tem de estar confortável com a separação da mãe vaca do seu bezerro e com a criação desse bezerro num pequeno espaço com grades durante os poucos meses que lhe permitem viver. Para comer ovos, um amante dos animais tem de estar confortável com a trituração e asfixia de biliões de pintinhos machos por ano, porque os machos não são úteis à indústria dos ovos. Nenhuma destas coisas é um ato de amor.Tal como não é possível oprimir pessoas e dizer que somos humanistas, não podemos matar animais e dizer que somos amantes dos animais. O amor aos animais não se expressa violando-os e matando-os ou pagando a alguém para o fazer em nosso nome. No pior dos casos, tal comportamento é um ato de ódio e no melhor dos casos um ato de apatia pela situação das vítimas. O amor exige que suportemos e protejamos aqueles que amamos, e no caso dos animais, exige que não transformemos as suas vidas em meros produtos. Ao invés disso, devemos tratá-los com dignidade de formas que se alinhem com as suas necessidades e não com os nossos desejos egoístas. Assim, se realmente amamos animais, então tornar-nos e continuarmos veganos expressa em grande parte esse amor .
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FaláciaEu honro os animais que como com minhas práticas de caça, ou minhas práticas de pecuária, ou simplesmente ao entender que estou comendo seres sencientes que sacrificaram as suas vidas para que eu possa continuar vivendo.RespostaA prática do sacrifício animal tem as suas raízes na história antiga, quando ela existia como um meio de interagir com o mundo dos espíritos para benefício de uma pessoa ou de uma comunidade. O ato de sacrificar estes animais tinha conotações espirituais, e os próprios animais sacrificados eram vistos como seres que davam as suas vidas em nome da humanidade. Esta psicologia ainda se aplica a pessoas que comem carne que vêem os atos de caçar e de criar animais como contratos espirituais, que vêem a matança destes animais como um sacrifício, e que vêem os produtos derivados da matança como oferendas do animal morto.O problema com esta psicologia é que não pode haver um contrato quando todas as partes não estão de acordo, e o animal não pode concordar em ser morto. Especificamente, os animais caçados não concordam em ser mutilados e perseguidos pelos bosques até que finalmente morram, nem os animais pescados concordam em ser atraídos com engodo, fisgados na boca, e retirados da água para sufocarem. Os animais criados pela pecuária não concordam em ser geneticamente manipulados, procriados à força, separados das suas crias, mutilados, confinados em espaços pequenos e sujos, transportados por longas distâncias sem água ou comida, e abatidos em fábricas que os transformam em carne, muitas vezes enquanto ainda estão conscientes. Mesmo nas condições mais perfeitas, quando um caçador mata um animal com um único tiro ou um pecuarista trata os seus animais bem antes de os enviar para o abate, estes animais não estão celebrando nenhum contrato espiritual, nem estão sacrificando suas vidas, nem estão dando nada à humanidade. Portanto, não há honra nem respeito envolvidos na matança de animais para comida. A própria linguagem é uma retórica auto-indulgente e dissimulada, com a intenção de desalojar um sentimento de culpa pessoal. A verdade é bem mais simples, e é que: os animais caçados e criados não são honrados ou respeitados quando são mortos. Eles são meramente mortos, apesar do seu desejo de viver, porque os humanos gostam do sabor da sua carne e secreções.
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FaláciaÉ importante que os animais sejam bem tratados, por isso eu só como animais criados em condições livres de sofrimento e abatidos de forma rápida e humana.RespostaÉ normal e saudável que as pessoa tenham empatia com os animais que comem, que se preocupem se eles vivem ou não felizes, e esperem que sejam abatidos de forma humana. No entanto, se é antiético maltratar estes animais, então também é antiético matá-los.Matar animais para alimentação é bem pior do que fazê-los sofrer. Claro, é admirável que as pessoas se preocupem tanto com estes animais que tomem passos para reduzir o seu sofrimento (por exemplo comprando ovos "do campo" ou carne "sem sofrimento"). No entanto, porque essas pessoas escolhem não reconhecer o direito destes mesmos animais a viver toda a duração natural das suas vidas, e porque abatê-los é uma violação muito maior do que maltratá-los, as pessoas que comem carne "sem sofrimento" estão numa contradição irreconciliável.
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FaláciaSeres humanos estão no ápice da cadeia alimentar e, assim como qualquer outro ser na natureza, nós matamos e comemos os animais que estão abaixo na cadeia.RespostaOs termos "cadeia alimentar"e "rede alimentar" referem-se a um sistema natural ecológico pelo qual produtores em um habitat específico são comidos por consumidores no mesmo habitat. O termo "círculo da vida" não possui absolutamente nenhum significado em termos científicos. Em nenhum dos casos os termos fazem referência ao uso de animais para consumo humano, uma vez que humanos não existem como consumidores em um ecossistema onde gado, porcos, cachorros, peixes e outros animais são produtores.O único propósito dos termos "cadeia alimentar" e "círculo da vida" no contexto de escolha de alimentação humana é o de legitimizar o abate de indivíduos sencientes ao promover a ideia de que o abate é uma natural e necessária parte da vida humana. Sob este aspecto, a justificativa do "predador top" para comer animar é falha em duas frentes: primeiro, os próprios termos não se aplicam à relação ecológica que temos com os animais ou sequer mesmo possuem sentido; segundo, nós não precisamos comer animais para sobreviver, logo o imperativo moral por trás do "manda quem pode" não é eticamente defensável. Por analogia, um ladrão de banco então poderia declarar estar no topo da cadeia corporativa por ter agido com base em sua habilidade de tomar aquilo que pertencia a outros.
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FaláciaA minha religião é o meu guia moral, e me dá o direito de comer carne.RespostaHá muitas religiões com muitos ensinamentos diversos sobre o tópico de comer carne. Em algumas, há proibições contra comer certos animais. Em outras, é permissível sacrificar animais e comê-los. No entanto, é importante lembrar que uma permissão religiosa não é o mesmo que um imperativo religioso. Por outras palavras, só porque a sua religião lhe permite comer carne, não significa que exija que você o faça.Muitas religiões defendem o livre arbítrio e a compaixão. Você pode exercitar a compaixão escolhendo não comer animais e em vez disso escolhendo adotar um estilo de vida vegano. Esta escolha é melhor para a sua saúde, os animais, os biliões de pessoas que não têm o suficiente para comer, e para a própria Terra. Ao fazê-lo, você exercita a compaixão para aqueles que são mais vulneráveis que você, quer humanos quer não-humanos. Isto significa que o veganismo pode ajudá-lo a alinhar-se com as suas crenças religiosas. É moralmente certo mitigar o sofrimento dos outros quando você puder, e ser vegano ajuda a fazer isto, enquanto que comer animais causa e perpetua o sofrimento. Assim, embora a sua religião possa não proibir comer carne, provavelmente proíbe magoar os outros, o que faz de comer carne moralmente errado.
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FaláciaHumanos sempre comeram carne ao longo de toda a sua existência, portanto não há nada de errado em continuar a comer carne.RespostaExistem muitas hipóteses sobre a comida que os nossos primeiros antepassados comiam, o efeito que tinha na sua saúde e os impactos evolucionários das suas dietas. No entanto, embora seja realmente fato que eles comiam outros animais, também é verdade que nem sempre o faziam, assim como é verdade que indivíduos, grupos e sociedades têm prosperado em dietas de base vegetal ao longo da história.Mesmo que soubéssemos o que todos os nossos primeiros antepassados comiam em todas as regiões do planeta durante toda a nossa história evolucionária, ainda assim seria ilógico afirmar que, pelo fato de terem incluído carne em sua dieta em algum momento, nós deveríamos continuar a fazê-lo. De fato, um robusto corpo de pesquisa médica concluiu que o consumo de carne e de secreções animais é prejuducial a nós humanos, e já sabemos também que a criação industrial de animais é destrutiva para o planeta. Além disso, esta razão para se comer carne ignora um importante argumento ético, o de que ocorrência história não necessariamente equivale à razão . Os nossos antepassados faziam muitas coisas que atualmente consideramos problemáticas como por exemplo, eles mantinham escravos. Portanto é ilógico concluir que, simplesmente porque alguns dos nossos antepassados comiam carne, deveríamos continuar a fazê-lo hoje.
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FaláciaPorque minha cultura ou tradição permite ou exige que eu coma carne, eu sou moralmente livre ou obrigado a fazer isso.RespostaÉ fácil confundir cultura e tradição com ética, mas essas são coisas separadas, e é importante as entendermos dessa maneira. Houve um tempo em que manter escravos era culturamente aceitável, mas mesmo assim, não era ético. Em algumas partes do mundo, multilação genital feminina é um procedimento não-médico tradicional, mas não é ético. Essas são apenas duas das várias razões do porque é problemático igualar práticas culturais e tradicionais a comportamentos éticos.Tenha em mente que o propósito das culturas e tradições não é comer comidas específicas ou envolver-se em atividades específicas. Em vez disso, servem para fortalecer vínculos familiares e sociais. Isso significa que é possível participar dessas coisas sem comprometer a compaixão por todos os seres. Comidas alternativas podem ser preparadas, e atividades alternativas encorajadas para que você mantenha sua consistência ética, o que pode até incentivar a adoção de práticas culturais e tradições mais compassivas na sua família e comunidade. Se você não quiser mais fazer parte do abatimento de seres sencientes, você tem o poder de mudar. Você é quem você é, e você não precisa seguir práticas culturais e tradições que contradizem seu senso ético.
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FaláciaA planta, um potencial ser pensante ou senciente, precisa ser morto para que seja comido, tal qual um animal. Não existe diferença entre as duas situações.RespostaVeganos têm como regra o princípio de não causar sofrimento a seres sencientes. Plantas não possuem nervos, muito menos um sistema nervoso central, e não podem sentir dor ou responder a estímulos ou circumstância de uma maneira deliberada (o que não deve ser confundido com as suas reações involuntárias). Diferentemente dos animais, as plantas não dispôem de capacidade ou potencial para experienciar dor ou outros sentimentos atribuídos aos animais sencientes, logo não existe o mesmo impedimento ético na alimentação de base vegetal.As palavras "vida", "viver" e "vivo(a)" têm sentidos completamente diferentes quando utilizadas para descrever plantas e animais. Uma planta viva não é um ser consciente e não é capaz de sentir dor. Um animal vivo pode ser consciente e sentir dor. É questionável assumir que as plantas desenvolveram uma ainda não detectada habilidade de pensar e sentir, mas não a habilidade de fazer uso dessa estratégia evolutiva (escapar, por exemplo). Independentemente disso, cada meio quilo de carne requer entre aproximadamente dois e dezesseis quilos de biomassa vegetal para ser produzido, dependendo da espécie e das condições. Dada a quantidade adicional de plantas que seriam mortas para manter uma dieta à base de carne, o argumento de que plantas são sencientes acaba sendo favorável à adoção de uma dieta vegana.
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FaláciaA produção de lã é normal e natural para as ovelhas, e a sua extração não as prejudica ou mata. Portanto, usar lã não é um problema ético.RespostaA maior parte da lã provém de ovelhas tosquiadas em quintas industriais, onde são sujeitas a brutalidade, remoção de pregas de pele ("mulesing"), e abate bem antes do fim de sua expectativa de vida natural. Além do mais, as ovelhas na indústria da lã são alvo de reprodução seletiva. As que apresentam mais pregas na pele são selecionada por produzirem mais lã. Esta característica, no entanto, as torna mais vulneráveis à infestação por larvas de insetos parasitas e a ferimentos durante a tosquia. Por último, os carneiros são menos valorizados do que as ovelhas porque não produzem bebés. Por conta disso, são castrados sem anestésico ou abatidos para consumo de carne enquanto ainda jovens. Logo fica claro que que as ovelhas sofrem e morrem na indústria da lã, tornando o uso da lã um problema ético.Nas fazenda industriais, as ovelhas são privadas de comida e água nas vinte e quatro horas antes da tosquia para que se comportem de forma mais dócil. Os tosquiadores as trata como objetos, removendo a lã em poucos segundos, o que as aterroriza e frequentemente resulta em pele raspada e cortada. Estes ferimentos atraem moscas e promovem miíase (infestação por larvas parasitas), especialmente em volta da cauda onde a pele se enruga. Para combater isto, a pele das nádegas das ovelhas é removida sem anestésico, em um processo conhecido como "mulesing", que cria escarificações menos suscetíveis a infestação. Anos de vida em confinamento e em condições antissépticas, brutalidade e ferimentos deliberados encurtam a duração de vida das ovelhas, que são enviadas para o abate assim que sua produção de lã diminui. Este tratamento das ovelhas resulta em lucros maiores para a indústria da lã às custas das próprias ovelhas, tornando a produção de lã um exemplo típico da exploração de um animal não-humano motivado pelo desejo humano. Assim, para usarmos lã, temos de decidir que o nosso desejo é mais importante do que os direitos e necessidades das ovelhas que a produziram, sendo esta uma decisão unicamente ética.
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FaláciaAs pessoas não vão se tornar veganas porque dietas de base vegetal são sem graça e pouco apetitosas.RespostaMuitas opções alimentares já são veganas, tais como pão, massa, arroz, frutas, vegetais etc. Todos esses alimentos podem ser preparados de várias maneiras e outros pratos podem ter suas próprias versões veganas através de simples subtituições de ingredientes. Além disso, muitas culturas possuem longas e saborosas tradições culinárias à base de plantas as quais são uma boa oportunidade para veganos expandirem seu gostos alimentares. Logo, mudar para uma dieta de base vegetal não significa perder boas experiências gastronômicas e, sim, desenvolver novos hábitos e descobrir novas preferências.Algumas pessoas temem que ao mudar para uma dieta de base vegetal elas serão forçadas a comer apenas tofu e alface, ou seja, elas temem que nunca mais poderão comer "comida de verdade". Veganos, no entanto, comem uma variedade de alimentos, tanto saudáveis quanto não saudáveis. É possível se tornar vegano de uma forma benéfica à saúde, mas também é possível ser vegano e se alimentar apenas de fast food e industrializados. A simples verdade é que a dieta de base vegetal é tão diversa que veganos nunca precisam se restringir a alimentos de que não gostam. Porém, mesmo que a dieta vegana fosse pouco saborosa e sem graça, ainda assim isso não é uma razão defensável, do ponto de vista ético, para continuar a matança de animais sencientes a fim de se alimentar de sua carne e secreções.
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FaláciaEducar uma criança com valores veganos é uma forma de lavagem cerebral porque crianças são jovens demais para fazerem uma escolha informada sobre o assunto. Crianças têm direito a comer carne, portanto forçá-las a seguir um estilo de vida vegano é antiético.RespostaPais são responsáveis pelo bem-estar físico de seus filhos pequenos e são também responsáveis por lhes dar aconselhamento ético. Os estudos apontam que uma dieta de base vegetal é saudável para pessoas de todas as idades, incluindo crianças. Portanto, pais veganos estão seguindo orientações nutricionais apropriadas. O veganismo é a posição filosófica de que usar animais para benefício humano é antiético, portanto os pais veganos estão simplesmente ensinando aos seus filhos compaixão através do veganismo, tal como qualquer pai ensinaria uma criança a ser bondosa.Pais veganos não são diferentes de outros pais ao tentarem criar filhos compassivos, com valores éticos e morais fortes. De fato, pode-se dizer que os pais que ensinam as suas crianças a serem compassivas e a respeitarem todos os animais em vez de apenas alguns estão a passar valores mais consistentes. Por exemplo, crianças veganas não estão propensas a desenvolverem dissonância cognitiva que outras crianças não vegans podem apresentar ao gostarem de gatos e cães e ao mesmo tempo ignorarem o abate de frangos e vacas. Além disso, espera-se que pais façam decisões eticamente apropriadas pelos filhos até eles serem capazes de digerir informação apropriada à sua idade e terem capacidade de formarem suas próprias conclusões sobre temas controversos. Pais e crianças veganos não são diferentes no que se refere ao tratamento de animais, por isso, oferecer informação apropriada sobre o veganismo enquanto se assegura a felicidade e saúde de seus filhos não constitui lavagem cerebral.
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FaláciaA dieta vegana é uma nova moda que desaparecerá como todas as outras.RespostaO veganismo é a filosofia e modo de vida que procura excluir - tanto quanto possível e praticável - todas as formas de exploração e crueldade animal por qualquer razão, incluindo medicina, comida, vestuário, entretenimento dentre outras. Em termos alimentares o veganismo designa a prática de dispensar todos os produtos derivados total ou parcialmente dos animais. Para resumir, o veganismo é uma posição filosófica e não uma dieta.A filosofia do veganismo tem uma longa e variada linhagem. Donald Watson definiu o termo "vegano" como parafraseado acima há quase cem anos em conjunção com The Vegan Society. Antes disso, muitos pensadores e escritores notáveis como o Dr. William Lambe e Percy Bysshe Shelley opuseram-se ao consumo de ovos e lacticínios por razões morais. O budismo tem uma grande história de compaixão pelos seres não-humanos e inclui muitos ensinamentos em oposição ao consumo de carne. Pitágoras também rejeitou o abate de animais para a sua mesa, dando origem à expressão "dieta pitagórica", usada por muitos vegetarianos éticos até o século de XIX, quando o termo "vegetariano" foi finalmente cunhado. Portanto, fica claro que uma dieta de base vegetal é simplesmete uma manifestação de uma filosofia antiga e compassiva que valoriza a vida de seres não-humanos e advoga por não lhes fazer mal.
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FaláciaOs veganos não conseguem obter vitamina B12 suficiente para uma saúde adequada a partir de uma dieta baseada em plantas.RespostaEmbora seja verdade que a B12 não seja produzida por plantas, ela também não é produzida por animais. De fato, a B12 é um subproduto de uma síntese bacteriológica que ocorre no solo, em material vegetal fermentado, carne morta e nos intestinos dos animais. Felizmente esta bactéria é agora facilmente produzida em massa para consumo humano e há muitas opções alimentares fortificadas com a vitamina B12. Portanto, não há necessidade de comermos animais para obtermos B12 suficiente.É um engano frequente pensar que a B12 vem da carne dos animais. No entanto, a verdade é bem mais complexa. Por exemplo, animais ruminantes como vacas e ovelhas têm estômagos com múltiplas câmaras, e estas são ambientes excelentes para a bactéria que produz a B12. Igualmente importante são as plantas que estes animais ingerem diretamente do solo, e que é outra fonte do nutriente. Em conjunto, os estômagos dos animais ruminantes e o solo presente na vegetação que eles consome providenciam-lhes a vitamina B12 de que os seus corpos necessitam. Nos humanos, no entanto, a bactéria que produz a B12 cresce no intestino grosso, que se localiza abaixo do íleon, onde é absorvida. Além disso, a maioria de nós não está disposta a comer vegetais não lavados, por isso não recebemos B12 do solo. Isto deixa-nos perante duas opções: ou consumimos a carne de animais mortos, que contém a B12 que o animal absorveu ou que nela foi produzida, ou podemos suplementar nossa alimentação com B12. É interessante que os animais criados em fazendas industriais são regularmente alimentados com suplementos de B12 por várias razões, portanto é lógico concluir que podemos também simplesmente tomar um suplemento de B12 em vez de passá-lo pelo corpo de um animal não-humano primeiro.
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FaláciaOs veganos não conseguem obter ferro suficiente para uma saúde adequada a partir de uma dieta baseada em plantas.RespostaO ferro é necessário para a produção de hemoglobina, uma proteína que transfere oxigénio dos pulmões para os tecidos. Há dois tipos de ferro absorvido pelo corpo: heme e não-heme. O ferro heme não é regulado pelo corpo, o que significa que é sempre absorvido, enquanto que o ferro não-heme é regulado pelo corpo e absorvido quando necessário. Ambos estão presentes na carne, mas apenas o ferro não-heme está presente em plantas e comidas fortificadas. Esta informação é importante porque um excesso de ferro pode ser tão perigoso como a sua deficiência, e apenas aqueles que comem carne ou suplementos de ferro estão em perigo de um excesso. Inversamente, uma dieta baseada em plantas integrais pode satisfazer de forma segura as necessidades do corpo.Algumas proeminentes organizações de saúde listam os vegetarianos e os veganos dentre outros grupos de risco para deficiência de ferro, o que pode levar à crença errada de que as dietas baseadas em plantas não providenciam ferro suficiente. Isto acontece porque, historicamente, a deficiência de ferro era um problema de saúde pública muito comum, e a absorção rápida de ferro heme ajudava a evidenciá-lo. No entanto, esta posição conservadora não chama a atenção para as consequências negativas do excesso de ferro, um problema em ascensão especialmente em homens mais velhos como resultado de um consumo crescente de carne. Estas consequências negativas incluem diabetes, doenças cardíacas e danos ao fígado, já que o ferro é um pró-oxidante que o corpo não consegue eliminar. Por outo lado, o corpo humano evoluiu para regular a absorção de ferro não-heme de forma a receber apenas o que pode usar, e existem muitas fontes seguras de ferro numa dieta baseada em plantas. Por exemplo, 85g de chocolate negro contém mais ferro do que uma porção igual de fígado de vaca, e 85 g de lentilhas contêm mais ferro do que 85 g de carne de vaca, pato, ou cordeiro. Portanto é fácil concluir que as plantas podem proporcionar quantidades igualmente abundantes e mais seguras de ferro do que a carne animal.
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FaláciaVeganos não obtêm proteína suficiente em uma dieta baseada em vegetais para manter uma saúde normal.RespostaOs seres humanos necessitam que 6% da sua dieta sejam compostos de proteína, apesar de a maioria dos médicos recomendar 9% por segurança. Muitos frutos secos e vegetais contêm proteína suficiente para satisfazer este requisito nutricional, portanto as dietas baseadas em vegetais providenciam níveis adequados de proteína para a saúde humana.Não há investigação científica crível que relacione uma dieta baseada em plantas a uma deficiência proteica. Além disso, não estamos enfrentando uma epidemia de kwashiorkor entre veganos ou entre quaisquer outras pessoas nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, mas estamos sim enfrentando doenças e problemas de saúde crónicos associados ao consumo excessivo de proteína. Também é de importância notar que temos exemplos de pessoas vivendo saudavelmente ao longo da história com dietas de base vegetal, e que cada vez mais pessoas escolhem seguir o mesmo exemplo, todos os anos, sem sofrer nenhuma deficiência proteica. Sendo todos os outros fatores iguais, veganos têm sido e continuam a ser pelo menos tão saudáveis quanto seus companheiros não veganos neste aspecto.
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FaláciaOs habitats são perturbados pelo cultivo de alimentos, e os animais são mortos durante a colheita, portanto, veganos também matam animais.RespostaDe fato, as plantações perturbam os habitats de animais selvagens, os quais também são mortos no processo de colheita. No entanto, este argumento favorece uma dieta de base vegetal e não o contrário, uma vez que muito mais plantas são necessárias para a produção de uma certa quantidade de carne (por vezes numa proporção tão alta quanto 12:1), do que para a produção de uma quantidade igual de plantas para alimentação (cuja proporção é obviamente 1:1). Devido a isto, uma dieta de base vegetal causa menos sofrimento e morte do que uma que inclui animais.É pertinente notar que a ideia do veganismo perfeito é uma ideia não-vegana. Tais exigências de perfeição são impostas por críticos do veganismo, muitas vezes como pretexto para acusarem veganos de não conseguirem atender a este critério imposto externamente. Dito isto, a verdadeira ética aplicada do veganismo concentra-se em causar o mínimo de dano possível ao menor número de seres. É também digno de nota o fato de que as mortes acidentais causadas pelo cultivo e colheita de plantas para alimentação são eticamente distintas das mortes intencionais causadas pela criação e abate de animais para alimentação. Embora isto não signifique que veganos sejam isentos da responsabilidade pelas mortes que causam, este fato serve para entender que essas mortes não violam os princípios éticos do veganismo aqui mencionados.
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FaláciaExistem situações onde veganos comeriam carne se não tivessem escolha.RespostaEste argumento propõe um cenário hipotético (comer animais em uma ilha deserta) como justificativa para um comportamento na vida real (comer animais no dia a dia). No entanto, esse exercício imaginário não representa uma situação plausível em que pessoas podem se encontrar nem diz nada a respeito da moralidade do vegano que responde ao tópico. Por esses motivos, essa conversa tende a não ser produtiva.Pode ser esclarecedor e informativo contrastar esse cenário hipotético com a realidade a fim de entender onde esses exemplos se encontram ou se sobrepõem. Por exemplo, podemos perguntar, "Se você vivesse em uma civilização onde há abundância de comida de base vegetal, você optaria por matar animais e os comer por nenhum motivo além do de satisfazer seu paladar?". Podemos até abordar os reais cenários desastrosos que atualmente ameçam o mundo com questões como estas: "E se você pudesse fazer uma mudança simples e compassiva na sua vida que aumentaria o espaço de terras agrícolas, aumentaria quantidades de água potável, reduziria a destruição de floresta tropicais, reduziria a emissão de gases do efeito estufa, reduziria a ameaça de bactérias resistentes a antibióticos, diminuiria a poluição terrestre e aquática, preveniria a criação de zonas mortas nos oceanos, acabaria com sua participação na morte de seres sencientes e melhoraria a saúde humana em geral, tudo isso simplesmente através de uma mudança para uma dieta de base vegetal? Você faria isso?". Esta é a realidade em que nós de fato vivemos e esta é a escolha que todos nós enfrentamos.
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FaláciaPrecisamos testar cosméticos, medicamentos e outros produtos em animais para nos certificarmos de que são seguros para os humanos.RespostaA consideração ética primordial que devemos abordar quando examinamos a necessidade de vivissecção é o direito dos animais de serem livres de experimentação para propósitos humanos e o valor dos testes que são efetuados com os seus corpos. No caso dos testes de cosmética, é tanto egoísta como cruel continuar a insistir que os animais sofram e morram em nome da vaidade. Um argumento semelhante pode ser usado para os produtos de limpeza, que não são necessários para a vida humana. Além disso, há muitas alternativas eficazes que podem e devem ser usadas em vez de testes em animais, tanto para cosméticos quanto para produtos de limpeza.Há também muitas alternativas eficazes aos testes com animais no caso da vivissecção para fins médicos e farmacêuticos. Isto são boas notícias, pois provou-se várias vezes que os animais não são bons modelos para o estudo dos traumatismos e doenças humanas. Mas se é este o caso, você poderá perguntar, por que os animais continuam a serem usados em pesquisas médicas e farmacêuticas? Uma das razões é a inércia. A tradição da vivissecção está profundamente enraizada nestas pesquisas, de tal forma que as idéias pré-concebidas do status quo são forças poderosas na sua perpetuação. Outra razão é o dinheiro. Os pesquisadores recebem bolsas de investigação com base no número de artigos que publicam na literatura científica, e é mais fácil e mais rápido usar animais como modelos em vez de ir adiante com uma pesquisa baseada em humanos. Finalmente, enquanto a FDA tem falhado muitas vezes em mostrar que os resultados de testes em animais podem ser extrapolados a humanos, as companhias ainda usam os animais em testes para se proteger no caso de uma ação judicial. Isto significa que testes duvidosos em animais estão dando origem a resultados médicos e farmacêuticos duvidosos, que por sua vez resultam em tratamentos e medicamentos duvidosos, que são desonerados pelo sistema legal por serem sustentados pelos testes duvidosos em animais. É um grande círculo vicioso que poderia ser eliminado com uma abordagem mais lógica à pesquisa médica e farmacêutica que nem sequer inclua animais.
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FaláciaA filosofia do veganismo está errada porque não há como ser perfeitamente vegano.RespostaO veganismo é a posição filosófica que sustenta que a crueldade para com seres sencientes, assim como sua exploração, é algo eticamente indefensável e, portanto, deve ser evitada sempre que for possível. Os próprios veganos afirmam que esta posição não é absoluta e também não alegam serem perfeitos. Em verdade, a acusação de que os veganos falham no veganismo porque não podem ser perfeitos vem de fora, de pessoas que não entendem o conceito do veganismo.O termo "vegano" é definido como "uma filosofia e forma de vida que procura excluir — tanto quanto possível e praticável — todas as formas de exploração e crueldade animal seja para alimentação, para produção de roupas ou qualquer outro propósito. Por extensão, o veganismo promove o desenvolvimento e uso de alternativas livres de animais para benefício dos seres humanos, não humanos e o meio ambiente. Em termos alimentares,o veganismo denota a prática de dispensar todos os produtos derivados total ou parcialmente de animais". O significado da palavra "vegan" não pressupõe perfeição e os próprios veganos entendem que não é possível manter a sua posição filosófica em termos absolutos. No entanto, este entendimento de nenhuma forma os impede de fazerem mudanças positivas e significativas no mundo ao escolherem não prejudicar outro ser senciente sempre que possível. Claramente, todos que optam por tomarem esta decisão podem se considerar 100% perfeito no seu veganismo.